domingo, 30 de maio de 2010

Cenas do cotidiano escravo no Brasil, Lidiana Justo



 Os negros foram escolhidos pelos portugueses para trabalhar na cana-de-açúcar, pois eles já haviam experimentado essa mão-de-obra, em colônias africanas, como: São Tomé, Princípe, Cabo Verde.
Nesta imagem de Jean-Victor Frond, podemos visualizar, uma Usina de açúcar e também senzala, no Rio de Janeiro.





É importante debater sobre a existência da escravidão, no Brasil colonial, promover uma discussão sobre a temática, desconstruindo o imaginário de que o negro assistiu passivo à escravidão.
Muitos ao chegarem de sua terra natal, ficavam expostos nos mercados de negros, esperando um comprador, avaliava-se tudo, os dentes, a compleição física, na verdade eram "peças" e não gente. Uma das formas de resistência escrava, foram às fugas, eram prejuízos na certa para os senhores,
que colocavam nos anúncios dos jornais, quanto pagariam pela devolução do negro fugitivo.




 Os castigos eram os mais diversos possíveis, a palmatória, veja aí, a imagem de Debret. Dependendo do que eles tivessem feito, considerado grave ou leve, os números de palmadas variavam.
Esta imagem, é numa sapataria.









Uma das cenas mais conhecidas, sobre os castigos corporais, é esta do Tronco, que por sinal, era em praça pública, observe os componentes desta imagem, soldados, senhores e sinhás, negras vendedoras, soldados, e outros negros deitados e outros, possívelmente esperando sua vez. Um negro, é responsável por chicotear um irmão de cor. Ao chão, instrumentos de torturas. As feridas geralmente para cicatrizar, eram lavadas com vinagre e pimenta.













 As sequelas, dos castigos corporais.






Nesta imagem, de Jean-Victor Frond, observamos os colares de ferro, usados pelos negros, punição que recebiam porque tentaram fugir, ou fugiram e foram capturados.






Diversas formas de torturas, que eram de acordo com o mal gênio do feitor e do senhor. Tivemos além do tronco, os anjinhos, o vira-mundo, a gargalheira...

Fora os castigos psicológicos, quantos foram acomentidos com o Banzo? quantas negras não tiveram dentes quebrados, olhos e seios castigados, pelos ciúmes, da rica sinhá? quantas mulheres negras abortaram, poque não queriam ver seus filhos nas teias amargas da escravidão?






Os negros também exerceram alguns ofícios, como vendedores ambulantes, cirurgiões dentistas, e nesta imagem do francês Debret, podemos visualizar negros barbeiros.






                                                                   

Nesta outra, do mesmo pintor, um vendedor de cestos.












olha mais uma forma de resistir a cultura dos brancos,
num dos momentos de socialização, esta cena foi pintada por Rugendas.

a capoeira foi marginalizada no período colonial, de acordo com alguns estudiosos, a capoeira é uma arte marcial, sendo que para enganar os senhores, eles treinavam os golpes, ao som de alguns instrumentos, como: dança, música,percussão...


A culinária, aí  delícia!!


Os africanos enriqueceram a nossa culinária com, o  vatapá, munguzá, moqueca de peixe, feijoada, o angu, acarajé, sem falar no azeite de dendê.
Caramba agora deu uma fome arretada de boa!




Abaixo segue umas dicas de como vc preparar um bom acarajé e vatapá, bom apetite a todos!!

Acarajé

- 1 kg de feijão fradinho quebrado
- 2 cebolas
- 50g de camarão seco dessalgado
- Sal a gosto
- Azeite de dendê para fritar

Vatapá

- 3 pães (francês) frescos ou amanhecidos
- 600ml de leite de coco
- 100g de amendoim torrado e sem casca
- 100g de castanha de caju torrada
- 1 lasca de gengibre
- 1 cebola
- 3 dentes de alho
- 50g de camarão seco dessalgado
- Sal a gosto
- 1 xícara (chá) de azeite de dendê
- Farinha de trigo, se necessário

Recheio do acarajé

- 400g de camarão seco
- 300g de vatapá
- Vinagrete feito com 4 tomates, 1 cebola, 2 colheres de
coentro (picado)

Modo de Preparo

Acarajé                     

Deixe o feijão de molho por 6 horas. Depois lave até que saia
toda casca. Deixe escorrendo numa peneira com um pano até que
fique bem enxuto. 

No processador, leve o feijão, uma cebola, o camarão seco, sal a
gosto e triture até que fique com uma consistência de massa. Bata
a outra cebola no liquidificador e vá adicionando aos poucos a
massa, batendo com uma colher de pau até atingir o ponto.
Esquente bem o azeite de dendê e coloque os acarajés para
fritar.

Vatapá

Coloque o pão de molho na metade do leite de coco e reserve a
outra metade. Deixe por 2 ou 3 horas. No liquidificador, bata os
pães deixados de molho, o amendoim, a castanha de caju, a
gengibre, as cebolas, o alho, o camarão seco e o sal. 

Triture todos os ingredientes. Leve ao fogo e vá adicionando aos
poucos o restante do leite de coco e o azeite de dendê, acerte o
sal e deixe por 20 a 30 minutos. Deve até atingir o ponto de
consistência de uma pasta firme. Se ficar ralo acrescente um
pouco de farinha de trigo. 

Recheio do acarajé

Corte o acarajé ao meio e recheie com um pouco de vatapá, um
pouco de camarão e com o vinagrete.
  
esta receita foi retirada em: http://receitas.maisvoce.globo.com/Receitas/Paes_Salgadinhos/






Pintores dos quais, utilizamos imagens:
Rugendas                            
Debret
Jean-Victor Frond

3 comentários:

  1. Muito pertinente, a abordagem sobre a escravidão africana, no Brasil. É importante como vc frisou, lembrar que eles sofreram, mas resistiram a vil escravidão.
    Parabéns, adorei como vc distribuiu às discussões.

    Estupendo!!

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  2. Voces Precisão colocar o nome do artista e o ano que a obra foi feita, isso ajudaria os alunos nas pesquisas de historia

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  3. Prof. Lidiane,

    Fiquei encantado com a riqueza de informações que consta em seu blog. Se me permite, gostaria de postar alguns artigos e atividades sobre a História. O que tem realizado é essencial para a dinamização do processo de ensino-aprendizagem.

    Dê uma passadinha no meu blog (amantesdeclio.blogspot.com).

    Cordiais saudações,
    Prof. Lima Júnior

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